Mais de 400 funcionários acusam Kundi Paihama de «congelar» salários e entram em greve
Os trabalhadores anunciaram, em declarações ao NJ, o início da greve a partir do dia 29 de Novembro, após várias tentativas falhadas de negociações com a direcção da empresa. A Prosegur é responsável pela segurança dos empreendimentos do antigo ministro da Defesa, nomeadamente os Casinos de Angola, escritórios, condomínios e outros investimentos.
De acordo com o segundo-secretário da comissão sindical da referida empresa, Lopes de Carvalho, a empresa prometeu liquidar as dívidas no início do mês de Novembro, mas não o fez. Em conversa com este semanário, Lopes de Carvalho, que está colocado na categoria de agente VIP da Prosegur, afirma estarem “cansados de viver de falsas promessas” desde o passado mês de Maio.
“A empresa assume que quer pagar as dívidas e que depois pagará as indemnizações, mas até agora não pagam e nem nos dizem nada”, explica.
A falta de salários, de acordo com Lopes de Carvalho, atinge também funcionários das províncias de Benguela e da Huíla, que deixaram de receber os seus ordenados há três meses.
Os trabalhadores em causa auferem salários de 55 mil kwanzas, para os agentes cinza, 65 mil para os VIP e 78 mil kwanzas para os supervisores.
“Antigamente ficávamos um mês, mas agora está mais difícil”, conta o funcionário, acrescentando que os atrasos salariais começaram em 2017 mas que neste ano ficou insustentável.
A empresa está desde Maio deste ano sob responsabilidade de Elisabeth Paihama, filha do empresário. Numa recente reunião que manteve com os funcionários, a gestora pediu que estes não decretassem greve, com a garantia de que, não havendo condições para pagar os cinco meses, a entidade patronal liquidaria a dívida aos poucos.
Até ao fecho desta edição, o NJ tentou contacto com a direcção da empresa, mas sem sucesso.
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